Assim, D. Hume tenta explicar como é que podemos afirmar conexão necessária entre conhecimento e outro.
Como é que estabelecemos uma relação causa-efeito? Segundo os empiristas, aquilo que afirmamos ser causa e efeito são dois factos inteiramente diferentes, cada um dos quais nada tem em si que exija necessariamente o outro. Por ex.: quando vemos uma bola que corre em direcção à outra supomos que o movimento da 2ª bola como resultado do seu encontro. A experiência diz-nos que o choque da 1ª bola pôs em movimento a 2ª, mas… a experiência não nos ensina mais nada e nada diz acerca do futuro. Logo, a ideia de causalidade é uma mera associação de ideias.
Assim, tudo aquilo que sabe que nos parece semelhantes, esperamos efeitos semelhantes. Mas o vínculo entre causa e efeito não pode ser demonstrado como objectivamente necessário, dado que o curso da natureza pode mudar. Portanto a ideia de causalidade surge em virtude de uma regularidade, mas sobretudo, da união de ideias que se repetem muitas vezes unidas. E por isso, quando pensamos em algumas delas surge-nos a ideia da outra, por sucessão.
Quando vemos, muitas vezes, unidos dois acontecimentos, somos levados pelo hábito a esperar quando o outro se mostra. O hábito e a crença na regularidade da natureza explicam a conjunção que estabelecem entre os factos, não a sua conexão necessária.
Devido a estes limites e, sobretudo, aos raciocínios indutivos, não é possível fazer ciência.