25/01/10

A ideia de Causalidade


D. Hume nega a existência de ideias complexas e uma delas é a ideia de causalidade.

Assim, D. Hume tenta explicar como é que podemos afirmar conexão necessária entre conhecimento e outro.

Como é que estabelecemos uma relação causa-efeito? Segundo os empiristas, aquilo que afirmamos ser causa e efeito são dois factos inteiramente diferentes, cada um dos quais nada tem em si que exija necessariamente o outro. Por ex.: quando vemos uma bola que corre em direcção à outra supomos que o movimento da 2ª bola como resultado do seu encontro. A experiência diz-nos que o choque da 1ª bola pôs em movimento a 2ª, mas… a experiência não nos ensina mais nada e nada diz acerca do futuro. Logo, a ideia de causalidade é uma mera associação de ideias.

Assim, tudo aquilo que sabe que nos parece semelhantes, esperamos efeitos semelhantes. Mas o vínculo entre causa e efeito não pode ser demonstrado como objectivamente necessário, dado que o curso da natureza pode mudar. Portanto a ideia de causalidade surge em virtude de uma regularidade, mas sobretudo, da união de ideias que se repetem muitas vezes unidas. E por isso, quando pensamos em algumas delas surge-nos a ideia da outra, por sucessão.

Quando vemos, muitas vezes, unidos dois acontecimentos, somos levados pelo hábito a esperar quando o outro se mostra. O hábito e a crença na regularidade da natureza explicam a conjunção que estabelecem entre os factos, não a sua conexão necessária.

Devido a estes limites e, sobretudo, aos raciocínios indutivos, não é possível fazer ciência.

24/01/10

Lições nº 63 e 64 20.01.10

Sumário:Os conhecimentos de Facto

A relação de causalidade

Relações de ideias: a priori
(inato,necessária)

Conhecimentos de facto: a posteriori
(adquirido,contingente)

23/01/10

Esquema sobre David Hume

Lições nº61 e 62 Resumo do texto a origem das ideias

As impressões sempre aparecem primeiro, visto que as ideias ao aparecerem não produzem impressões correspondentes. Posso pensar em alegria sem estar alegre e não sentimos calor simplesmente ao pensar no calor.
Podemos, pois, dividir aqui todas as percepções da mente em duas classes:
• Pensamentos ou Ideias (Menos intensas e vivas)
• Impressões (imediatas, vivas e intensas)

Qualquer ideia tem assim origem em impressões. As impressões não nos dão a realidade, mas são a própria realidade. Por isso podemos dizer que as mesmas são verdadeiras ou falsas. As ideias só são verdadeiras se procederam de impressões.
O que nunca foi visto ou se ouviu pode, apesar de tudo, conceber-se e nenhuma coisa existe para além do poder do pensamento, excepto o que implica uma absoluta contradição.
Mas, embora o nosso pensamento pareça possuir esta liberdade absoluta, confinado a limites muito estreitos e que todo este poder criador da mente nada mais vem a ser do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos são fornecidos pelos sentidos e pela experiência.
Todos os materiais do pensamento são derivados da sensibilidade, a mistura pertencem apenas à mente e à vontade, todas as nossas ideias, ou percepções menos intensas, são cópias das nossas impressões mais intensas.
Admite-se imediatamente que outros seres possam possuir muitos sentidos dos quais não temos nenhuma noção, porque as ideias deles nunca nos foram introduzidas da única maneira pela qual uma ideia pode ter acesso à mente, isto é, através da sensibilidade e da sensação efectivas. Só conhece as suas próprias impressões ou ideias e as relações que estabelece entre elas por hábito. Tudo o que o homem sabe, por discurso racional, acerca do universo se deve única e exclusivamente à crença, que é um sentimento não racional. A razão está limitada no seu poder.
As ideias simples não são sempre, em todas as circuns­tâncias, derivadas das impressões correspondentes, todas as ideias, em especial as abstractas, são naturalmente vagas e obscuras; a mente tem delas apenas um escasso domínio. As impressões na totalidade, isto é, todas as sensações, quer externas ou internas, são fortes e vivas; os limites entre elas estão mais exactamente determinados, e nem é fácil cair em erro ou engano em relação a ela.

19/01/10

Actividade de Consolidação

O que são relações entre ideias?

As ideias são cópias ou imagens débeis das impressões.

O que são conhecimentos de questões de facto?

Conhecimentos de questões de facto implica o confronto das proposições com a experiência.
O valor de verdade das proposições tem de ser testada pela experiência de forma a verificar se elas são verdadeiras ou falsas.
A verdade ou falsidade de uma proposição factual só pode ser testada e determinada a posteriori.


O que distingue essencialmente relações de ideias e conhecimento de questões de facto?

O que distingue essencialmente relações de ideias e conhecimentos de questões de facto é que o primeiro é adquirido a priori, enquanto que o segundo é um conhecimento adquirido a posteriori.

15/01/10

David Hume

Filósofo, historiador e diplomata escocês. Com Locke criou o empirismo moderno, e como tal defendia que todo o conhecimento provém da experiência. Nasceu em Edimburgo.Filho de uma grande proprietário escocês. Dedicou-se de inicio ao comércio, mas não tardou a abandonar esta actividade familiar para se dedicar às letras e à filosofia. Foi durante uma das suas estadias em França que escreveu o seu célebre Tratado sobre a Natureza Humana. Devido à acusação de ateismo, foi impedido de ensinar na Universidade de Edimburgo. Entre 1746 e 1748 foi enviado para missões diplomáticas. Enquanto esteve na Embaixada da Grã-Bretanha em Paris (1763-1765), tornou-se amigo de Jean Jacques Rousseau.
O seu principal objectivo filosófico era introduzir o método experimental nas ciências do homem.

Baseando-se em pressupostos empiristas negou o conhecimento de relações causais entre os fenómenos. Estas não passavam de simples associações provocadas pelo hábito. A influência de Hume foi enorme na filosofia de Kant, despertando-o, como este afirma, do seu "sono dogmático".
Desenvolveu uma teoria moral sem recurso à religião. Combateu a ideia de fundar a religião na necessidade do Universo ter um criador.

As suas ideias políticas influenciaram profundamente a Constituição dos EUA.

Lições nº 59 e 60 13.01.10

Sumário: modelo explicativo de conhecimento.
A perspectiva de David Hume

Apontamentos retirados na aula:

O empirismo de David Hume

O empirismo consiste em aceitar a experiência como única e exclusiva fonte de conhecimento.

Impressões e ideias são o conteúdo do conhecimento

Impressões: são imagens e sentimentos que derivam imediatamente da realidade; são percepções vivas e fortes.

Ideias:
são cópias ou imagens débeis das impressões.

Há segundo Hume 2 espécies de dois tipos de conhecimento:

• Impressões
• Ideias

Hume refere a existência de dois tipos de conhecimento:

Conhecimento de ideias (relações de ideias)
• Conhecimento de questões de facto

Conhecimento de ideias

O triângulo tem 3 ângulos.
Um objecto azul é um objecto com cor.
25 é um terço de 75.

Conhecimento de questões de facto:


Amanhã vai chover.
A neve resulta da descida acentuada da temperatura.
O calor dilata os corpos.

O conhecimento designado por “relações entre ideia” considera-se a priori.

Consistem na análise do significado dos elementos de uma proposição tendo em vista estabelecer relações entre as ideias que ela contém.

As “relações entre ideias” são proposições cuja verdade pode ser conhecida pela simples inspecção lógica do seu conteúdo.

Nota Explicativa:

Muito embora todas as ideias tenham o seu funcionamento nas impressões podemos conhecer sem necessidade de recorrer Às impressões, isto é ao confronto com a experiência. O exemplo é as proposições lógico matemáticas não resolvem por si o conhecimento do que existe no mundo. Poderemos apenas formar relações correctas entre ideias.

Conhecimento das questões de facto implica o confronto das proposições com a experiência.

O valor de verdade das proposições tem de ser testada pela experiência de forma a verificar se elas são verdadeiras ou falsas.

Nota explicativa:

A verdade ou falsidade de uma proposição factual só pode ser testada e determinada
a posteriori.

A verdade factual é contingente e a sua negação não implica contradição.

Relações de ideias

  • São conhecimentos a priori
  • As relações de ideias são verdades necessárias.
  • As proposições que exprimem e combinam relações de ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo.
Conhecimentos de facto
  • São conhecimentos a posteriori
  • A verdade das proposições de facto é contingente.
  • As proposições que se referem a factos visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos conhecimento sobre o que nesta existe e acontece.

11/01/10

Lições nº57 e 58 11.01.10

Sumário: Criação de um blogue para realização de um portefólio

Lições nº 55 e 56 06.01.10

Sumário: realização de uma actividade de consolidação na pág. 156 do manual “ definição Clássica do conhecimento "

Actividade de Consolidação da pág.156
1) Em que consiste a teoria clássica do conhecimento?
Consiste numa crença verdadeira e fundamentada.

2) Pedro acredita que, se o Pai Natal estiver satisfeito com a forma como se portou durante o ano, o seu sapatinho no dia de Natal terá muitos presentes .Ao acordar na manhã do dia de Natal, verifica com agrado que o sapatinho tem muitos presentes. Suponhamos agora que no dia de Natal Pedro recebe de facto muitos presentes. Significa isso que a sua crença constituía um conhecimento?

È apenas uma crença que não tem fundamento porque na realidade o Pai Natal não existe o que não a torna verdadeira.

3) Quais das seguintes proposições situações poderão ser consideradas crenças verdadeiras justificadas ?

a) Ao olhar para o bilhete de identidade da minha namorada, reparo que o seu aniversário é a 25 de Dezembro. Como é hoje, corro para lhe comprar uma prenda.

È uma crença verdadeira fundamentada.

b)Atiro uma moeda ao ar e, dando cara, digo que o João não irá comparecer ao encontro com os amigos.

Esta afirmação não é um conhecimento é algo que não está assente numa verdade fundamentada.

c
) Todos os unicórnios são animais com um corno.

É uma crença verdadeira fundamentada.

d) Acordo e digo “ Está a chover em Barcelona. Aposto que é verdade.”Na realidade, nesse momento está a chover em Barcelona.

È uma afirmação sem fundamento logo não é uma crença verdadeira justificada.

4)Quais das seguintes proposições cosntituem conhecimento a priori (independente da experiência) e quais constituem conhecimento a posteriori (dependete da experiência)?

a)Há cisnes pretos. - a posteriori
b)Todos os solteiros são não casados. - a priori
c)Todos os objectos vermelhos são coloridos. - a priori
d)O meu pai está desempregado. - a posteriori

5)Depois do ler o seguinte texto da pág. 156 do Manual. Respondi as seguintes perguntas.
a) Que tese defende o texto?

O teste defende que o conhecimento é uma crença verdadeira acompanhada da razão (fundamentada).

b)Qual o principal argumento que utiliza para o defender?
O principal argumento que é utilizado para o defender é que nós podemos gerar nos outros uma convicção verdadeira por via das nossas capacidades oratórias sem qualquer fundamento razoável.

c) Que definição de conhecimento está implícita no texto de Platão?

A definição de conhecimento implícita no texto de Platão é a definição tripartida do conhecimento.

06/01/10

Lições nº53 e 54 4 de Janeiro de 2010

Sumário: o conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica.

Os problemas do conhecimento.

II-O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica

1) Os problemas de conhecimento

1.1)O que é o conhecimento?

A disciplina filosófica que responde a esta questão pode ser designada como epistenologia,gnosiologia ou teoria do conhecimento.

Como definir o conhecimento? Podemos designar o conhecimento como o que se

Teoria do Conhecimento

Gnosiologia

Epistenologia

Questões principais:

O que é o conhecimento?

O que podemos conhecer?

Como alcançamos o conhecimento?

O conhecimento envolve uma relação sujeita/objecto

· Cada uma das partes tem a função específica e irreversível: sujeito apreende o objecto, criando na sua consciência uma imagem do mesmo.

· Ao objecto a função de ser apreendido pelo sujeito

Mas então o que é o conhecimento?

São frequentemente usados como equivalentes do conhecimento as expressões “crer” e “saber”.

A definição padrão do conhecimento diz que o conhecimento é uma crença verdadeira justificada.